RECONHECIMENTO

28/05/2015 11:19

Professoras da UFSC participam de homenagem, na França, por entrada de Germaine Tillion no ‘Pantheon’

Carmen Silvia Rial e Miriam Pillar Grossi, professoras e antropólogas do Departamento de Antropologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), receberam convite do presidente da França, François Hollande, para a homenagem solene daquela nação a Germaine Tillion e mais três pessoas, por sua entrada, nesta quarta-feira, 27 de maio, no Pantheon – monumento que contém os restos mortais de grandes nomes franceses.

Germaine Tillion  (1907-2008) – proeminente antropóloga francesa, membro da Resistência – recebeu o prêmio Pullitzer em 1947, por seus atos heroicos durante a Segunda Guerra Mundial, e, em 1999, a Grande Cruz da Legião de Honra (Grand-croix de la Légion d´honneur). Além de seu destaque no campo científico, notabilizou-se como ativista dos direitos humanos, engajada em lutas como a pela emancipação das mulheres e contra a excisão feminina.

Miriam ministrou na terça-feira, 26 de maio, em Paris, na  École de Haute Études en Sciences Sociales (Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais), um seminário em homenagem a Tillion, no qual apresentou o filme “Germaine Tillion: Lá où il y a danger on vous trouve toujours” (Germaine Tillion: onde há perigo sempre te encontramos), realizado por ela e Carmen Rial .

Assista aqui:

Germaine Tillion: onde há perigo sempre a encontramos from NIGS/UFSC on Vimeo.

Miriam e Carmen realizaram também o filme Mauss segundo suas alunas, escolhido para o encerramento do “23eme Bilan du Film Ethnographique”, em março de 2004, em Paris, e apresentado na UFSC em atividade do projeto “Nossa Antropologia”, em abril  do mesmo ano. Marcel Mauss (1872-1950), sobrinho de Émile Durkheim e um dos fundadores da Antropologia na França, é sempre lembrado como o definidor dos métodos de trabalho de campo que tinham no Museu de Etnografia de Paris um foco de formação e irradiação. Mauss teve muitas discípulas, dentre as quais se destacaram algumas antropólogas que pesquisaram na África de língua francesa. Três delas (Germaine Tillion, Denise Paulme e Germaine Dieterlen) foram entrevistadas, entre 1997 e 1999,  por Miriam e Carmen para o filme, revivendo, assim, os ensinamentos do mestre e mostrando a sua atualidade.