Depoimentos – NIGS 30 anos

Histórias de quem fez nossa história

 

por Marie Leal

Conheci o NIGS em 2012, quando entrei na secretaria do GDE como curso de extensão e quando ainda era ouvinte no DICH. Entrei no doutorado em 2013 e grande parte das minhas amigas eram do núcleo e sempre que podia estava ali, fazendo amizades e participando de encontros, seminários e falas que o núcleo sempre proporciona. Como doutoranda pude contribuir em algumas oficinas e participar de diferentes momentos das atividades propostas pelo núcleo, mas somente em 2019 que integrei oficialmente como parte do mesmo. O NIGS me ajudou a construir muito de como o cotidiano é também uma extensão do que aprendemos e a potência do núcleo e suas participantes me ensinaram bastante a partir de suas falas, mas também de conviver com tais pessoas queridas em outros espaços da minha vida. O pessoal me tornou político, minha vida pessoal se viu tomada pela academia, pela militância, e o NIGS, como o DICH e o IEG foram os locais que me fortaleceram e me construíram em diferentes momentos como mulher, como pesquisadora e como ativista. As pessoas incríveis que a Rede NIGS me permitiu entrar em contato e conviver só me engrandeceram como pessoa – e olha que foram diferentes gerações que pude conviver a partir do núcleo! Os 30 anos do NIGS merecem ser aplaudidos e celebrados com muito vigor, pois o afeto, as vivências e o aprendizado que o núcleo sempre proporciona possibilitam uma multiplicidade de outras conexões possíveis. Viva sim o NIGS! Que venham muitos e muitos anos de pesquisas, de afetos e gente querida!


por Letícia Sais

Após trabalhar na organização do 18º Congresso Mundial da IUAES em 2018, meu primeiro ano de graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a professora Miriam Grossi me convidou para participar do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS). Sem nem pensar duas vezes, aceitei a proposta muito contente. Miriam, então coordenadora responsável pelo núcleo de pesquisa, foi minha orientadora e quem me apresentou algumas das mais fascinantes experiências de minha graduação. Tornei-me bolsista voluntária em Iniciação Científica entre os semestres 2018.2 e 2019.1, sendo vinculada ao projeto Direitos Humanos, Antropologia e Educação: experiências formativas em gênero e diversidades.
Embora vinculada a um projeto específico, eu nunca fiquei em um lugar só. Professora Miriam e o núcleo como um todo sempre me incentivaram a agarrar as oportunidades de aprendizagem que apareciam e também a ir atrás de meus vários interesses. Hoje me dou conta do enorme privilégio que foi poder ser incluída nas mais diversas atividades, eventos e vínculos, fossem associados ao NIGS, fossem sobre temáticas pertinentes aos nossos projetos (coletivos e singulares). Como exemplo de uma das atividades maravilhosas que participei ativamente, trago os dois encontros realizados dos Grupos Focais do GDE, que depois compreendi que faziam parte da pesquisa de mestrado do Leonardo Ramos, queridíssimo colega e amigo que fiz no NIGS. Das lições que mais permaneceram do NIGS e que faço questão de levar comigo onde quer que for, está essa, o trabalho coletivo em todos os níveis. Não vivemos sozinhos/as/es, não trabalhamos sozinhos/as/es, definitivamente não fazemos pesquisa sozinhos/as/es. Mesmo pesquisas na pós-graduação ali poderiam (e eram incentivadas a) envolver colaborações de outros/as/es colegas do núcleo, mesmo os/as de graduação, como eu na época.
O Curso de Especialização em Gênero e Diversidade (GDE), realizado entre 2015 e 2016, foi uma importante iniciativa de formação para professores e professoras da rede pública municipal e estadual de ensino em Santa Catarina, coordenado por Miriam e subcoordenado pela professora Olga Garcia. Foi uma das primeiras coisas marcantes que aprendi no NIGS e o conheci através das histórias saudosas e emocionantes de Olga e Miriam em uma das reuniões semanais do NIGS. Cada reunião, cada conversa, cada ação e cada pessoa conhecida com o NIGS se tornaram linhas que compõem uma tecelagem de afetos.
Posso dizer também que estive presente na organização inicial do Espaço Cultural Gênero e Diversidades (ECGD), sendo a limpeza grande parte da experiência de ser bolsista de um núcleo de pesquisa, segundo Miriam. Foi no NIGS também que tive minhas aproximações iniciais com as causas indígenas e feminismos negros e decoloniais, conhecendo a Ação Saberes Indígenas na Escola (ASIE) e as contribuições da professora Antonella Maria Tassinari, e conhecendo também (e depois jamais me desvinculando de) uma perspectiva interseccional entre marcadores sociais da diferença, algo que as práticas e estudos do NIGS sempre fizeram questão de abarcar. Em parceria com o Núcleo de Estudos de Populações Indígenas (NEPI), construímos algumas ações fundamentais também para minha formação profissional e humana, como uma atividade do “café psico-antropológico” na Terra Indígena Tekoa Maragatu, em Imaruí (SC). Lembro de “tricotar”, discutir e comemorar a viagem toda junto à equipe NIGS-NEPI, entre a qual deixo meus mais calorosos abraços virtuais a Leo, Ana Maria, Xanda, Clarissa, Ivi, Malu, Suzana, Laus, Dora, Simone e Edilma, pessoas cujas relações carrego ainda com muito carinho.
As fotos anexadas são registros de outras duas atividades que participei: o estande do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão na UFSC (SEPEX) de 2018, onde procurávamos explicar como os projetos, pesquisas e estudos de gênero se consolidam em diferentes áreas e campos de conhecimento por meio dos núcleos que compõem o IEG, além de fazer com crianças e interessados/as/es que por ali passavam o jogo de imagens que desconstroem papéis de gênero impostos socialmente; e a monitoria do 7º Curso de Curta Duração em Gênero e Feminismos, em 2019, na qual o registro remete a uma das palestras que cuidei junto à equipe de monitores/as e que mais me impactou pelas falas de integrantes do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).
Bom, só tenho a agradecer por todo o acolhimento, as parcerias e oportunidades que o NIGS proporcionou e ainda proporciona anos depois. Vida longa ao NIGS e à universidade pública, gratuita e de qualidade!
Com carinho e saudade,
Letícia Zanella Sais.

por Júlia Godinho

A verdade é que não terão palavras o suficiente para descrever o privilégio de fazer parte da comunidade do NIGS. Não apenas aprendi sobre pesquisa, antropologia, e gênero/sexualidades. Aprendi a estar no mundo, e fiz amizades para a vida toda… que sorte a minha! Carrego comigo uma gratidão e alegria por ter feito parte dessa história e de ter conhecido pessoas ímpares!
 
Julia

por Violeta Holanda

Em Julho de 2018 tive a oportunidade de conhecer o NIGS no Projeto de Pesquisa “Direitos Humanos, Antropologia e Educação: experiências de formação em Gênero e Diversidades”, sob coordenação das professoras Miriam Grossi e  Antonella Tassinari, do Núcleo de Estudos sobre Populações Indígenas (NEPI).  O projeto tinha por objetivo a análise de políticas públicas federais de formação de professoras/es, desenvolvidas nos últimos quinze anos no Brasil nas temáticas de gênero/sexualidade e educação indígena.  Na ocasião, participei como aluna de pós-doutorado do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH). Foi uma experiência incrível e muito potente, onde me interessei particularmente pela investigação do impacto das políticas da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) da UFSC na implementação de políticas acadêmicas no campo da Educação e Direitos Humanos na UFSC, em parceria com a então colega de pós-doutorado Xanda Alencar.  O convìvio com professores/as e estudantes do NIGS propiciou uma intensa movimentação e parcerias duradouras, como a participação na organização do 18th IUAES World Congress e eventos realizados no Estado do Ceará, como o evento de criação do grupo de pesquisa/ensino e extensão da Unilab CIEG DANDARA, com a participação da profa. Tânia Welter, e a abertura do semestre 2019.2 do PPGA Unilab/UFC com duas brilhantes exposições- uma na Unilab e outra na UFC, da profa. Miriam Grossi que discutiu a atual conjuntura política no Brasil sob o olhar da Antropologia. Portanto, enquanto líder do grupo CIEG DANDARA da Unilab nos sentimos parte do importante Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS). Viva o NIGS! Que venham mais 30 anos! 


por Anna Amorim

Olá, bom dia!
Eu conheci e entrei no NIGS em 2011, quando comecei o mestrado em Antropologia na UFSC.
O núcleo foi fundamental na minha estadia na UFSC, tanto academicamente quanto afetivamente. Sou muito grata pelos aprendizados que tive através do NIGS. Participei de oficinas em escolas públicas, concursos de cartazes, atividades variadas que ensinaram a importância da conexão entre universidade e escolas. Através do núcleo, participei de seminários internacionais, seminários locais e seminários ainda menores como os seminários de tese ou jornadas NIGS. Apesar da diferença no tamanho e magnitude dos eventos, todos sempre foram organizados e realizados com a mesma dedicação e importância, o que nos ensinou a valorizar e produzir com seriedade e empenho de participação as diferentes atividades. Estive também presente em publicações coletivas, pensadas e organizadas com comprometimento ativo na transformação das relações desiguais de gênero e sexualidade. Acho que a coletividade e trabalho em parceria é um marco importante do NIGS e que nos faz ter sempre uma recordação afetiva dos diferentes momentos e grupos em que participamos ao longo dos anos de pertencimento ao núcleo. Apesar de estar fora da UFSC já há alguns anos, sigo sentindo-me pertencente e próxima do NIGS, de suas atividades e das colegas que o compõem de modo mais ativo atualmente. Acho que isso é significativo, da importância afetiva que é essencial para pensar as redes, necessárias para produção científica e para o diálogo constante entre pares, mas, sobretudo, entre colegas.
um abraço.


por Izabela Schlindwein

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
2011-2015
– Quais atividades desenvolveu?
Pesquisadora em nível de doutorado e pós-doutorado nos seguintes projetos: Avaliação do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero no Brasil; Feminismo, Ciências e Educação: relações de poder e transmissão de conhecimento; Teoria Feminista, Teoria Queer ou Teorias Sociais Contemporâneas? O campo dos estudos de gênero e sexualidade no Brasil; Papo Sério; Discussões sobre Gênero, Homofobia e Prevenção com jovens do entorno da Universidade Federal de Santa Catarina.
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
Eu teria inúmeros “causos” para contar aqui sobre o potencial transformador desta rede. O fato é que o NIGS não está em meu passado, mas continua presente comigo, realizando-se em minhas palavras e atitudes. É aquela voz que me diz que não devo me calar, mas criar meus próprios lugares de fala, mesmo às vezes não tendo “aquela palavra certa” para me expressar. É aquele lugar para onde sempre posso voltar e sei que serei recebida com um olhar atencioso, uma escuta interessada e a perspectiva de uma relação desinteressada. É também minha caixa de ferramentas para pensar “meus problemas de pesquisa”. É meu veículo que me conduz por diversos campos do conhecimento e que me marca como cientista. É meu argumento e minha felicidade.
 – Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Após desenvolver minhas pesquisas no NIGS, trabalhei em um dos institutos de pesquisa da rede Leibniz em uma região agrícola na parte Oriental de Brandemburgo, a poucos quilômetros de Berlim. Nesta instituição, atuei como cientista convidada por dois anos, fazendo pesquisa de campo na África Sub-Saariana (Tanzânia) e coordenando um projeto sobre migração e segurança alimentar desenvolvido por um consórcio interdisciplinar de universidades e institutos de pesquisa. Este trabalho me proporcionou o exercício da escrita de artigos ligados ao gênero, etnia e sustentabilidade em conjunto com professores, doutorandos e mestrandos da Humboldt Universität, colocando-me em uma rede de trabalho política e acadêmica em torno das questões agrícolas e econômicas. Também me levou a conhecer mulheres africanas camponesas, professoras e pesquisadoras em uma rede de afeto, troca de culturas e conhecimento. Além disso, continuei pesquisando sobre meu tema da tese, divulgando os resultados da pesquisa no Brasil, na Alemanha e na parte alemã da Suíça, três países interessados nos findings de uma tese sobre a vida e obra de uma livre pensadora alemã no Sul do Brasil. Hoje, dedico-me a uma segunda formação, como educadora na Alemanha, trabalhando em uma instituição intercultural Waldorf privada, resultado da política pública alemã para minimizar as desigualdades em um Brennpunkt do Norte de Stuttgart, no Estado de Baden-Württemberg. Através do estágio em escolas com crianças de diferentes faixas etárias, estou conhecendo a realidade pública e privada e sua rede de pais e professores. Mesmo à distância, ainda participo da escrita de artigos científicos em parceria com a minha antiga rede Leibniz e pesquisadoras formadas pela UFSC, envolvendo questões de Divisão Sexual do Trabalho e Histórias de Vida em uma comunidade de Florianópolis. Vejo a rede NIGS como uma artéria importantíssima para o meu pensar e sentir tanto no meio acadêmico como no meu fazer educacional como professora Waldorf. À rede NIGS devo o meu fazer científico e minha práxis hoje e sempre! Obrigada NIGS. E parabéns pelos seus ricos 30 anos de vida.

por Claudia Lazcano

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
De novembro de 2019 a dezembro 2020, como parte de uma estágio pos-doutoral.
– Quais atividades desenvolveu?
1) Pesquisa de pós-doutorado; 2) Docência na pós-graduação, vinculada a disciplinas de gênero, sexualidades e perspectivas históricas e contemporâneas em estudos feministas; 3) Actividades de extensão vinculada ao projeto lilás; 4) Organização e participação em eventos; 5) Outras atividades no contexto do projeto Print/CAPES.
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
O NIGS é uma escola e uma rede de pesquisadores, nacionais e internacionais, com uma dinâmica muito intensa. Ainda que o meu passo pelo NIGS se deu no contexto da pandemia e das medidas de isolamento social, o trabalho nunca parou. As trocas desenvolvidas com as colegas do núcleo não apenas ampliaram meu olhar interdisciplinar sobre determinados objetos, mas me fizeram pensar na importância dos afetos na produção científica. A formação recebida no núcleo foi essencial também para aperfeiçoar as minhas habilidades e competências para o desempenho como docente na educação educação superior.
– Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Após sair do NIGS passei em um concurso para professora em uma instituição privada de educação superior. Continuo igualmente vinculada à pesquisa e atuo na área da assistência psicossocial com populações migrantes e refugiados em Santa Catarina.

por Simone Lira da Silva

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
– 2018 . Iniciei meu pós doc.
– Quais atividades desenvolveu?
– Organização do 18º Congresso Mundial da IUAES. Pesquisa sobre antropologias mundiais. Pesquisa sobre mulheres da antropologia Urbana.
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
O Nigs e todo o formato de trabalho coletivo desenvolvido por este foi fundamental para ampliar minha rede de contatos, meus conhecimentos teóricos sobre subjetividades, minhas noções sobre o fazer docência e sobre o fazer extensão. Entre as memórias afetivas destaco os almoços coletivos, com tempero de professora Miriam, realizados na sala de secretaria da IUAES com toda a equipe de bolsista.
– Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Trabalhei como professora Substituta da UFSC. Tive um filho. Estou participando de processos seletivos para ingresso na docência superior privada ou pública.


por Laura Alves Gelpi

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
de 2019 até 2021 nos meus últimos anos da graduação.
– Quais atividades desenvolveu?
Participei de dois projetos PIBIC sob orientação da profa. Miriam Grossi, fiz oficinas sobre gênero e sexualidade nas escolas, apresentei trabalhos em eventos acadêmicos  e desenvolvi meu TCC.
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
O NIGS foi fundamental para eu conseguir terminar a minha graduação em Ciências sociais. Estava completamente desmotivada com o curso quando comecei a conhecer toda a rede de pesquisadoras e me envolver nos estudos de gênero. A partir daí ressignifiquei o que é a pesquisa a acadêmica, e o comprometimento com projetos de extensão e a prática científica engajada e coletiva do NIGS me motivou a seguir adiante.
– Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Estou finalizando o meu TCC sobre Políticas Culturais e a cena musical de mulheres em Florianópolis,  pesquisa que se desdobrou a partir da minha experiência PIBIC no NIGS no projeto “etnografia das políticas públicas em gênero sexualidade e diversidade dos governos petistas”.

por Edmarcius Carvalho Novaes

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
Desde 2017.
– Quais atividades desenvolveu?
Estou no doutorado em Ciências Humanas, na Linha de Pesquisa em Estudos de Gênero
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
O NIGS tem sido essencial em minha formação no doutorado. Os encontros de estudos e debates, de minhas produções e de meus colegas, fomentam aprendizagens e trocas significativas, em aspectos acadêmicos, pessoais, profissionais e de militância política. É um momento formativo e reafirmação da importância da ciência e dos estudos de gênero, a partir de diferentes pesquisas e vivências.
– Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Desde 2017 participo de encontros de estudos, de orientação e de eventos presenciais (IUAES, Jornada Antropológica) e virtuais (Fazendo Gênero) com a participação do NIGS. Estamos montando um memorial com as pessoas que passaram pelo NIGS.

por Giovanna Barros Gomes

– Durante qual período você integrou o NIGS? Em qual etapa de formação você estava?
Maio de 2018 ao junho de 2020
– Quais atividades desenvolveu?
Desde organização de eventos, orientação no PIBIC E.M, pesquisa em dois projetos, monitoria
– Comente sobre a importância do NIGS na sua formação, conte memórias e causos que você viveu conosco:
O NIGS me possibilitou participar da organização da IUAES 2018; 
Como participar enquanto bolsista de iniciação científica em mais de um projeto;
O NIGS me possibilitou participar da RAM 2019 em Porto Alegre;
Como acompanhar bolsistas PIBIC E.M no segundo semestre de 2018 e no primeiro semestre de 2019;
Realizar escritas de artigos e os apresentar em congressos.
Ganhei uma menção honrosa no Prêmio Lélia Gonzalez na RBA de 2020, por um artigo resultante do TCC que fiz enquanto bolsista do NIGS.
– Conte sobre sua trajetória após sair do NIGS. O que tem feito?
Continuo atuando enquanto antropóloga e pesquisadora. Atualmente em um projeto de pesquisa coordenado pela Professora Flávia Medeiros junto a The Wenner-Gren Foundation. 
Atualmente estou no mestrado em Antropologia Social na UFSC, pesquisando acerca de vivências de professoras e professores em meio a pandemia.

por Emília Dutra“No Núcleo de Identidades de Gênero e Sexualidades enquanto estudante, pesquisadora e sobretudo militante, pude vivenciar lindos momentos e trocas que jamais serão apagadas de minha memória. Leituras, rodas de conversa, reflexões, viagens, estudos de campo, cafés, tardes de palestras, aulas, seminários… hora ouvinte, hora organizadora, e quando dei por mim, até o lugar de palestrante me foi concedido. Quantos sonhos realizados, sonhos que nem eu sabia que tinha. O NIGS faz parte dessa história, faz parte da construção profissional, política e intelectual que me constitui neste presente efêmero, contraditório e cheio de esperança. Sou grata, pela oportunidade, pelo voto de confiança, pelos anos de trabalho intenso e por todas as trocas que envolviam essa função de pesquisadora de um dos mais renomados núcleos da Universidade Federal de Santa Catarina. Essa trajetória de mulher, cientista social, lésbica, professora e sobretudo, admiradora dos estudos feministas e de gênero é fruto das políticas públicas, é frutos dos docentes do ensino público brasileiro, é fruto da indignação e da vontade de mudança. Obrigada NIGS por resistir e continuar me mostrando que é possível um mundo com mais oportunidade, equidade e justiça. Aqui sempre terá uma aliada.

Com afeto. Emília Dutra”