“Reposicionando o olhar – Pioneiras nas Ciências Sociais da UFSC”

10/06/2023 10:03
Nosso documentário está no ar! 
“Reposicionando o olhar – Pioneiras nas Ciências Sociais da UFSC reconstrói a história sobre o curso de Ciências Sociais da UFSC a partir das narrativas de mulheres sociólogas, antropólogas e cientistas políticas, professoras aposentadas e ainda atuantes do curso. Aborda-se a criação do curso, os desafios da pesquisa e ensino em um contexto de ditadura militar nos anos 1960 e 1970, a prática docente e as linhas de pesquisa encabeçadas por estas mulheres. A polifonia de vozes e experiências de mulheres oriundas das entrevistas realizadas, material audiovisual do acervo das entrevistadas e da equipe do projeto tecem o panorama do vídeo.
Produção: Equipe NIGS.

Nota de Repúdio – Assédios na UFSC/Campus Blumenau

06/06/2023 18:24

O Núcleo de Gênero, Identidades e Subjetividades (NIGS) da UFSC vem manifestar o seu repúdio aos casos de assédio sexual ocorridos com mulheres estudantes da UFSC – campus Blumenau. Segundo a notícia do O Município – Blumenau, “cerca de 20 alunas da UFSC Blumenau denunciam servidor por assédio e importunação”. O autor dos assédios é um servidor técnico da respectiva universidade (não identificado) que foi afastado de suas atividades laborais enquanto o caso passa por uma auditoria. Segundo a mesma notícia, mesmo após as vítimas terem reunido provas do assédio sofrido, como conversas de WhatsApp e e-mails, as medidas tomadas pela direção do campus Blumenau foram desrespeitosas com as vítimas, inclusive as colocando frente a frente com o assediador para que o mesmo pudesse ter a chance de “se explicar”.

 

“Em nota, a instituição afirmou que ‘realizou todos os procedimentos administrativos’. As alunas foram orientadas a registrar um boletim de ocorrência e um Processo Administrativo Disciplinar avaliou o caso, que foi encaminhado para a reitoria e aguarda decisão.” – retirado da notícia citada anteriormente.

 

Vimos, através desta, manifestar nossa solidariedade às estudantes da UFSC Blumenau que foram vítimas deste assediador e exigir rápido tratamento institucional deste caso mas sobretudo que sejam implantadas imediatamente ações institucionais de formação na área de gênero e diversidades e de estabelecimento de protocolos e procedimentos específicos para casos de violências de gênero e assédios sexuais na instituição.

 

O NIGS, por sua longa tradição de pesquisas sobre violências de gênero,  se posiciona contrário a qualquer tipo de assédio ou violência nos espaços universitários, uma vez que é por meio desses espaços formais que apresentamos, e denunciamos, por meio de trabalhos sérios, engajados e de caráter científico, as complexidades das relações de poder estabelecidas entre as pessoas inseridas nesses contextos. Lutamos por um presente onde não haverão mais chances para a impunidade dessas ações.

 

Estamos atentas/es a expressões e atitudes desta natureza e registramos nosso apoio às mulheres que foram expostas nesse caso.

 

Florianópolis, 06 de junho de 2023.

Notícia Comentada: https://omunicipioblumenal.com.br/estudantes-ufsc-blumenal-denunciam-servidor-assedio-importunacao/

Lançamos o documentário “Reposicionando o olhar – Pioneiras das Ciências Sociais na UFSC”

02/05/2023 09:59

No dia 27 de Abril de 2023 lançamos o documentário “Reposicionando o olhar – Pioneiras das Ciências Sociais na UFSC” produzido pela Equipe NIGS. Seguem a seguir algumas fotos do lançamento!

As professoras Alinne Bonetti e Miriam Grossi junto do Professor Amurabi Oliveira na mesa de comentários do filme

Algumas das professoras que aparecem no documentário junto das professoras que estiveram na mesa de debate

Mesa de abertura do evento

Equipe Outros Olhares junto de algumas das professoras que aparecem do documentário e as professoras que estiveram na mesa de debate.

Nota de Pesar pelo falecimento de Virgínia Nunes

20/04/2023 11:26

O NIGS lamenta o falecimento da egressa Virgínia Nunes ocorrido no dia 18 de abril de 2023. Virgínia era ativista do movimento lésbico, foi orientada pelas profas. Miriam Grossi e Mareli Graupe em seu mestrado, e sempre foi muito participativa no núcleo. Nós nos solidarizamos com seus familiares, amigos e colegas. Ela ficará para sempre em nossas memórias como pode-se ver nos relatos de integrantes e egresses do NIGS:

Miriam Grossi: “Virginia chegou na UFSC em intercâmbio da graduação quando fazia Ciências Sociais na UFRB e já era uma super militante das causas lésbicas. Participou de toda a fase “manifestações” do NIGS, lembro dela fazendo nossos famosos pirulitos e militando ativamente em muitas frentes. Foi pesquisadora no projeto de avaliação dos impactos do Prêmio Igualdade de Gênero nas escolas e fez uma das dissertações pioneiras sobre as questões LGBT na escola. Quando a defendeu, em março de 2016, eu ainda estava em licença de saúde devido à meu câncer de mama e Mareli Graupe foi incansável em seu acompanhamento enquanto co-orientadora, levando-a para morar em Lages nos últimos meses de escrita. Muito difícil entender sua partida tão jovem e com tanta energia de vida.”

Arianna Sala:  “Graças ao NIGS teve a grande sorte de conhecer a Virginia. A gente brincava que ela era minha irmã sapatão da Bahia, eu a irmã sapatão dela da Itália. Lembro claramente da energia dela tão forte e tão carinhosa. Das ânsias de justiça dela, da militância lésbica, e ainda na distancia a gente seguia conectada por um laço de sororidade. Sua partida me deixa triste demais. Um grande abraço para a família, a esposa, e as pessoas que conviviam com elas mais de perto. Que o amor que ela semeou em tantas pessoas volte para vocês e traga conforto.”

Suzana Vergara: “Eu lembro da Virgínia sempre sorrindo, com uma energia boa. Com muito Axé. Quando eu conheci ela e a pesquisa dela, dava para ver no olho dela o quanto ela acreditava e lutava por um brasil sem violência.”

 

Nossos sentimentos a todes que sentiram a perda da Virgínia.

“Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens (…)”, Profa. Dra. Miriam Grossi faz fala pela SBPC para o jornal “O Globo”.

03/11/2022 10:43

Juntamente da atual presidente da CAPES, e da Antropóloga Mirian Goldenberg, a Profa. Dra. Miriam Grossi, na sua posição de diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, participa com comentário na pauta de demandas de mulheres no futuro governo Lula.

Link de acesso a matéria na íntegra: Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens: entenda demandas de mulheres priorizadas por futuro governo Lula.

Link alternativo: Mães cientistas, políticas e com salários iguais aos de homens: entenda demandas de mulheres priorizadas por futuro governo Lula.

 

Seleção PIBIC 2022/23 do NIGS

05/09/2022 08:21

Está aberta a seleção para bolsistas PIBIC no NIGS! São três vagas divididas em três projetos, sendo eles “Prêmios, Editais E Concursos como Políticas de Incentivo à Participação das Mulheres na Ciência Brasileira” (1 vaga); “Liderança e Presença das mulheres em associações científicas brasileiras” (1 vaga) pelo PIBIC/UFSC e “Outros Olhares sobre a História da Antropologia” (1 vaga) pelo PIBIC/CNPq.

As inscrições vão até o dia 08/09. As informações sobre documentação, envio e entrevistas se encontra no edital.

Acesso:  EDITAL

Profª dra Miriam Grossi conta sua trajetória e debate sobre mulheres na ciência

23/09/2021 14:33

No dia 22 de setembro de 2021 a profª dra Miriam Grossi participou de um debate realizado pelo Núcleo de Gênero e Tecnologia (GETEC)  da Universidade Tecnológica Federal do Paraná sobre o papel de mulheres na ciência e as (in) visibilidades na Antropologia. Além de contar sobre sua trajetória como pesquisadora na Antropologia a professora também debateu sobre os desafios que as mulheres encontram no fazer científico, uma vez que essa é sua área de pesquisa.

Para assistir esse debate na íntegra clique aqui

Profª dra Miriam Grossi presente em painel da SBPC sobre o papel da ciência na defesa da democracia

23/09/2021 09:41

A profª dra Miriam Grossi, também diretora da SBPC, participou nesta quarta-feira (22/09/2021) de um painel internacional realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O objetivo  foi discutir qual é o papel da ciência na defesa e manutenção da democracia, para isso foram realizadas  discussões pelo prof. dr. Aldo Zarbin do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), prof. dr. Alberto Kornblihtt do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), profª dra Flavia Biroli professora de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) e moderado pela coordenadora do NIGS profª dra Miriam Grossi. O consenso final e geral do painel foi que a prática cientifica é essencial para a defesa, manutenção e desenvolvimento da sociedade e principalmente da democracia.

Para acessar a notícia na íntegra  clique aqui
Para acessar o vídeo completo do painel clique aqui

PRORROGAÇÃO do Edital de Seleção: BOLSISTA NIGS PIBIC 2021/2022!!

04/08/2021 10:44

Prorrogamos o prazo de inscrição no Edital de Seleção: BOLSISTA NIGS PIBIC 2021/2022 

PROJETOS PIBIC: 

a)  Etnografia as Políticas Públicas de Gênero e Diversidades no Campo da Ciência e Tecnologia.

b) Outros olhares sobre a História das Ciências Sociais  na UFSC.

Este edital se destina a seleção de 02 bolsistas, preferencialmente dos cursos de Graduação de Antropologia ou Ciências Sociais da UFSC, para desenvolverem pesquisa vinculados/as a um dos dois projetos mencionados acima,​junto ao Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC.

  • Segue edital retificado: aqui

Edital de Seleção: BOLSISTA NIGS PIBIC 2021/2022

25/07/2021 16:31

Edital de Seleção: BOLSISTA NIGS PIBIC 2021/2022 

PROJETOS PIBIC: 

a)  Etnografia as Políticas Públicas de Gênero e Diversidades no Campo da Ciência e Tecnologia.

b) Outros olhares sobre a História das Ciências Sociais  na UFSC.

Este edital se destina a seleção de 02 bolsistas, preferencialmente dos cursos de Graduação de Antropologia ou Ciências Sociais da UFSC, para desenvolverem pesquisa vinculados/as a um dos dois projetos mencionados acima,​junto ao Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC.

  • Segue edital completo: aqui

NIGS na SBS 2021

13/07/2021 20:14

Na 20ª edição da SBS – Congresso Brasileiro Sociologia, o NIGS participa dentro do Circuito Lilás.

Dia 13 de Julho, a prof. Miriam Grossi participou da Plenária onde foram discutidos o panorama do campo nas Ciências Humanas e também como podemos fortalecer nossa rede.

 

Acesse a programação vinculada aos estudos de gênero aqui.

 

NIGS na IUAES 2021!

07/07/2021 14:05

Convite super especial

Mulheres na História da Antropologia é o tema do GT organizado no congresso virtual da IUAES de Yucatan que acontece de 9 a 13 de novembro. Convidamos para inscreverem resumos sobre antropólogas de todo o mundo, históricas e contemporâneas. As inscrições foram prorrogadas até 10 de julho.
LIGUE para PAPELES / IUAES Congresso Yucatán 2021

Mulheres na História da Antropologia
Conveners:
Felipe Bruno Martins Fernandes
Miriam Pilar Grossi
Susana Rostagnol
Informações / Informações
Espanhol: https://bit.ly/cfpIUAESesp
Inglês: https://bit.ly/cfpIUAESeng

Professora Miriam Grossi é eleita para a secretaria da SBPC

23/06/2021 14:13

Com 60% de participação – o maior índice dos últimos dez anos – a votação nas eleições para renovação da Diretoria, Conselho e Secretarias Regionais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) terminou nesta terça-feira, 22 de junho.

Sete mulheres vão compor a diretoria, um número inédito na história de 73 anos da SBPC. São elas: Claudia Linhares Sales, atual secretária, eleita secretária-geral com 1.747 votos; as três vagas de secretaria, preenchidas pela professora do Departamento de Antropologia da UFSC Miriam Pillar Grossi (1.227 votos), juntamente com Laila Salmen Espíndola (1.016) e Francilene Procópio Garcia (939); e as duas vagas de Tesoureiras: a primeira ficou com Marimélia Porcionatto (1.698) e a segunda com Ana Tereza de Vasconcelos (1.312).

 

De acordo com a professora Miriam Grossi, a maior participação das mulheres no campo científico brasileiro refletiu nas eleições. “A SBPC reflete este movimento, mas ele não é espontâneo, é fruto de um projeto político e de articulação. Na eleição dei muita ênfase em haver maior representação de mulheres”.

Leia mais.

 

Disciplina ‘Introdução aos Estudos de Gênero e Ciências’ está aberta para a pós-graduação

20/06/2021 12:51

A disciplina Introdução aos Estudos de Gênero e Ciências, oferecida no Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), está aberta aos acadêmicos e acadêmicas de pós-graduação da UFSC. Com dois créditos e oferecida às segundas feiras, das 18h30 às 20h30, entre 5 de julho e 23 de agosto, ela se relaciona diretamente a uma diretriz da Comissão de Equidade da instituição, que recomenda que se ofereçam disciplinas de gênero introdutórias para pessoas de todos os cursos.

“A disciplina faz parte do nosso compromisso de ministrar disciplinas de gênero para a graduação, pós-graduação e para professoras/es e servidores/as . Com isso o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) cumpre o prometido de fazer formações para todos os segmentos da UFSC”, explica a professora Miriam Pillar Grossi, que ministra a disciplina junto à professora  Olga Regina Zigelli Garcia e à pós-doutoranda Bárbara Michele Amorim.

 

Mais informações: https://noticias.ufsc.br/2021/06/disciplina-introducao-aos-estudos-de-genero-e-ciencias-esta-aberta-para-a-pos-graduacao/

SBPC de Santa Catarina convida para roda de conversa em alusão ao dia Internacional da Mulher

08/03/2021 11:59

Mulheres da ciência:


Depois de tantas lutas e conquistas, nesse 8 de março, podemos dizer que há equidade de gênero nas nossas instituições?

Como é o cenário nas instituições acadêmico-científicas quando o assunto é representatividade?

Quais ações institucionais podemos promover para melhorar a equidade e atender a objetivos mundiais de desenvolvimento sustentável?

 

SBPC de Santa Catarina convida para um debate sobre essas questões-chave para uma produção de ciência e tecnologia que represente os anseios de uma sociedade diversa.

No dia 8/03/21, às 18 horas vamos conversar sobre essas questões com mulheres cientistas, educadoras e transformadoras do mundo ao seu redor, que representam importantes iniciativas de defesa da equidade de gênero em suas instituições e na sociedade.

 
Traga suas dúvidas e compartilhe suas experiências, ideias e sugestões. Juntes contribuiremos para que as instituições sejam cada vez mais representativas e úteis na promoção do bem-estar de todes!

 

O debate será transmitido pelo Youtube.

 

 

UFSC lança ações para equidade e debate assimetrias de gênero na ciência

18/02/2021 15:38

dia internacional das mulheres e meninas nas ciências foi marcado, na Universidade Federal de Santa Catarina, pela divulgação de três ações institucionais que buscam refletir sobre as distorções de gênero nas ciências e na instituição. Um curso de seis semanas para estudantes de graduação, uma comissão para a equidade e uma premiação para pesquisadoras mulheres foram apresentadas no evento transmitido ao vivo pela TV UFSC.

O evento também contou com um momento de diálogo entre pesquisadores e pesquisadoras. As professoras Maique Weber Biavatti, da Pró-reitoria de Pesquisa; Alacoque Lorenzini Erdmann, pesquisadora em produtividade 1ª/Senior/CNPq; Debora Menezes, do canal Mulheres na Ciência, Olga Regina Zigalli Garcia e Miriam Grossi, do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades, representaram a UFSC. O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, e a Gerente de Ciência e Pesquisa, Deborah Bernett, representaram a instituição. Bárbara Segal Ramos e Mário Steindel falaram em nome da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O cerimonial foi conduzido pela professora Francis Solange Vieira Tourinho, da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC.

O curso Ciência, Gênero e Diversidades, iniciativa do Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape), foi planejado para ampliar os espaços de debate sobre o tema entre estudantes de graduação. A ação foi apresentada pela professora Olga, que lembrou que o plano de ensino prevê seis módulos, com temáticas que contemplam desde as interseccionalidades, até violência de gênero. Os encontros remotos semanais terão duração de uma hora e meia e atividades virtuais síncronas e assíncronas, iniciando em março.

A professora Alacoque Lorenzini Erdmann foi responsável por apresentar a iniciativa da UFSC em formar uma comissão para a equidade, formalizada em portaria da Saad, com representação de mulheres de diferentes setores, cargos e campi. “A comissão irá debater políticas sobre aspectos que promovam a diversidade, em especial a valorização e o respeito para que as mulheres possam construir com o seu melhor potencial que a sociedade tanto espera”, sintetizou. “Essa comissão será como foi pensada o curso: com diversidade étnica, de gênero. Se nós queremos trazer a política de equidade, precisamos iniciar desde a comissão”, reforçou a professora Francis. A equipe funcionará como um grupo de trabalho.

Outra ação lançada pela UFSC foi a premiação voltada para cientistas mulheres, com regulamento para os mais diversos níveis da carreira: das iniciantes às seniores. Além da diplomação, as premiadas terão suas pesquisas divulgadas em vídeos a serem produzidos para a série Traduzindo Ciência. Elas ainda irão integrar a galeria dos destaques da Propesq. A professora Maique referenciou uma série de mulheres da UFSC premiadas em 2020, em iniciativas diversas, mas destacou que a universidade também irá buscar reparar as assimetrias. As inscrições começarão no dia 8 de março, dia internacional da mulher.

Efeito tesoura, assimetrias e indicadores

Para Maique, uma das lideranças que alavancou essa discussão na UFSC, as assimetrias de gênero são culturalmente visíveis e por isso identificadas também na universidade. “Nas áreas de ciências exatas e engenharias isso é ainda maior”, destacou. Ela também tratou do chamado efeito tesoura, metáfora que indica a dificuldade das mulheres em chegarem ao topo da carreira científica. “A mulher perde espaço porque foi inserida na ciência, mas não deixou de fazer tudo o que ela fazia antes. Toda a função de cuidado, com raras exceções, ainda é das mulheres, o que gera sobrecarga em toda a carreira científica”, resume.

A professora Débora Peres Menezes, que apresentou o Canal Mulheres na Ciência, lembrou que a diversidade de gênero também contribui com a lucratividade e promove uma ciência de mais qualidade. Ela reiterou o problema do efeito tesoura e também trouxe à tona o efeito Matilda, em que mulheres são invisibilizadas pelos seus pares, a exemplo do que ocorre no filme Estrelas além do Tempo.

A professora Miriam Grossi reforçou a importância de se olhar para os marcadores sociais de diferença e lembrou que, na UFSC, há poucas mulheres negras, indígenas e trans na docência. Com relação ao financiamento científico, afirmou que existe diferença nos pareceres a projetos submetidos por homens e por mulheres e disse que os homens tendem a se afastar dos lugares de poder quando não há recursos financeiros disponíveis. Ela também considera a maternidade uma questão central a ser debatida. “Queria lembrar para as colegas mais jovens que só tem dez anos as licenças maternidades para as bolsas Capes e CNPq”, disse.

O presidente da Fapesc,  Fábio Zabot Holthausen, apresentou dados ilustrativos sobre a temática mulheres na ciência. Em 2020, por exemplo, entre os proponentes de projetos de pesquisa na fundação, 60% eram homens. Já entre bolsistas de mestrado e doutorado, o panorama se inverte. “Não podemos acreditar que somente num mundo de homens teremos avanços. É extremamente necessário termos equipes com pluralidade de gênero”, disse. Segundo ele, a instituição já está refletindo sobre essas questões e deverá ter um prêmio de pesquisa com categoria específica para mulheres.  Deborah Bernett, gerente de Ciência e Pesquisa, afirmou que a Fapesc já está fazendo parte desse movimento de mudança, com “clareza e tranquilidade”.

Representando a SBPC, os professores Bárbara Segal Ramos e Mario Steindel falaram sobre o Prêmio Carolina Bori e sobre a campanha das meninas e mulheres nas ciências lançadas no Instagram da SPBC-SC. Steindel parabenizou a iniciativa da UFSC. “Iniciativa belíssima, que já vem atrasada. Nós precisamos corrigir essas assimetrias de gênero dentro do campo da ciência”.

Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=oScy4leEv00&feature=emb_title

Fonte: Notícias UFSC

NIGS participa do Congresso Virtual da UFBA 2021

17/02/2021 10:16

Entre os dias 23/02 e 26/02, haverá uma série de atividades realizadas por diferentes redes e grupos de pesquisa em torno dos temas de gênero e sexualidades dentro do Congresso Virtual da UFBA 2021, intitulada “Gênero, Sexualidades e suas Interseccionalidades: uma série de atividades on-line multi-redes e multi-projetos”.

Especificamente, a professora Miriam Grossi participará da Mesa-redonda: “Antropologia Feminista no Mundo: diálogos transnacionais”.